Contos/ 1 edição/ 114 páginas/Português/ Livro novo/ 14x21/ Brochura
Degradação reúne contos sobre as relações humanas e suas implicações, tanto na esfera cotidiana quanto na fantástica. A leitura é uma imersão na fragilidade humana. Em como a destruição gradual de uma pessoa depende das relações que ela sustenta durante a sua vida. Dentro de um ônibus, invocando seres de outro planeta, inventando um amor ilusório ou até mesmo fotografando um boteco qualquer, cada um dos cenários, dos personagens e de toda trama tem sempre o abismo da profunda tristeza e da inevitável degradação.
"Degradação e outros contos. O texto tem 114 páginas, divididas em 36 histórias. Sim, são textos curtos em sua maioria, mas de grande profundidade. A ideia da degradação e da miséria humana percorrem a narrativa, constituindo o fio condutor para todas as histórias. De certa forma, podemos dizer que Degradação é um personagem que caminha por entre as histórias, semeando desaconchego e desesperança à medida em que você avança na leitura. Em histórias como Orgulho, você praticamente sente o egoísmo e a vaidade corroendo as personagens, por motivos banais. Em A Filha Pródiga, percebe-se uma crítica sutil ao universo virtual e um alerta sobre os perigos que ele representa. Refúgio é um brinde à ficção científica e, sem dúvida, um dos contos de que mais gostei (talvez pelo fato de ter um cachorro também, assim como Augusto, figura central da história). De cada história, seria possível apontar um aspecto singular: o tipo de narrativa, que muitas vezes flerta com o fantástico latino americano e lembra muito os textos de Borges; aquele narrador que se intromete na história para chamar a atenção do leitor e recorda o célebre Machado de Assis, ou a pressa de Jonathan em produzir as palavras, como se elas queimassem. E o calor dessa escrita ele entrega para quem lê seu texto, fazendo com que a vida salte aos nossos olhos como ela é: dura, cruenta e cheia de desafios. Um livro que vale a pena conhecer. E saiba que por esse texto, você terá dois sentimentos: ou vai amar (como foi meu caso) ou vai se sentir desconfortável (também aconteceu comigo). Mas penso que esse é o papel da literatura... Desencadear sensações... E Jonathan as desperta com maestria."
- Márcia Medeiros
Doutora em Letras pela Universidade Estadual de Londrina
Professora Titular da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul